terça-feira, 7 de julho de 2015

Energia que vem da palha



Um dos principais objetivos do uso dos biocombustíveis é a substituição dos combustíveis fósseis, permitindo a diminuição da dependência por recursos não renováveis e a redução das emissões de gases de efeito estufa. A cogeração de energia elétrica a partir da biomassa da cana é uma das alternativas já adotadas pela Usina Alta Mogiana que colabora com a rede regional de distribuição da CPFL. Realidade cada vez mais presente em usinas do setor sucroenergético, o uso da palha de cana complementa o bagaço da planta para abastecer as caldeiras que geram eletricidade. 

O uso do resíduo da moagem para tal fim é recorrente na empresa, desde 2001, mas o aproveitamento da palha está possibilitando seu incremento.  Com a colheita mecanizada, o corte das ponteiras é feito ainda no campo e a cana picada é processada sem excessos vegetais e com menos impurezas. Grande parte da palha resultante da mecanização era apenas deixada no campo. Atualmente, parte dela é recolhida, enfardada e recebida separadamente, para alimentar as caldeiras junto com o bagaço armazenado e, entre 40% e 60% permanece na lavoura, como cobertura, para a manutenção da umidade do solo e benefício da brotação das soqueiras. 


A eletricidade a partir da biomassa de cana-de-açúcar diminui a dependência dos reservatórios hídricos para esse objetivo e contribui para o desenvolvimento sustentável do país.  A previsão anual da empresa para a Safra 2015 é o processamento total de 5.300.000 toneladas de cana e 163.024 MWh de energia cogerada, exportando cerca de 32kW/h por tonelada. Portanto, seja pela questão ambiental ou econômica, a energia da cana-de-açúcar apresenta indicadores ambientais positivos quando comparada a outras fontes.

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